quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ELEIÇÃO DO NOVO DIRETÓRIO DO PSOL DE IMPERATRIZ

ELEIÇÃO DO NOVO DIRETÓRIO DO PSOL DE IMPERATRIZ

Com presença expressiva dos filiados do PSOL de Imperatriz aconteceu ontem, na Universidade Estadual do Maranhão, a Convenção Municipal do partido que elegeu e deu posse à sua nova direção municipal. A convenção municipal acontece após a realização dos congressos estadual e nacional do Partido Socialismo e Liberdade e reflete um novo momento da construção partidária. “O nosso maior desafio é fazer o PSOL crescer e se tornar uma referência de luta para os trabalhadores e setores populares em Imperatriz, tudo isso sem perder nossa identidade política e respeitando o programa do partido”, disse o novo presidente do PSOL de Imperatriz, Alcindo Holanda.
Além da eleição da direção municipal, houve a aprovação de resoluções políticas que nortearão as ações do partido e de sua direção municipal para o próximo período. Dentre as resoluções aprovadas, há a definição de rechaçar alianças eleitorais com partidos da base dos governos de Dilma, Roseana e Madeira e que o PSOL em Imperatriz trabalhará para a construção da Frente de Esquerda com PCB e PSTU.
Estiveram presentes também dois membros do Diretório Estadual do PSOL. “O momento que vive o PSOL em Imperatriz é ímpar, pois se abrem muitas possibilidades de construção para o partido na cidade. Os companheiros estão muito dispostos a essa tarefa e isso deve ser respeitado e valorizado pela direção estadual e é nessa condição que nos fazemos presentes nesta Convenção”, ressaltou Denise Albuquerque, membro da Executiva Estadual do PSOL.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

PROGRAMA SENAC DE GRATUIDADE EDITAL Nº 11 NOVAS TURMAS PARA IMPERATRIZ

O SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL –
ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DO MARANHÃO, SENAC-MA, no uso de suas
atribuições regimentais, torna público que estão abertas inscrições para o
Processo Seletivo destinado ao preenchimento de vagas nos cursos de,
Garçom, Cozinheiro, Cabeleireiro Assistente, Operador de Supermercado,
Auxiliar de Pessoal, Copeiro, Costureiro, Garçom Básico, Auxiliar de
Cozinha, Manicura e Pedicura que compõem o Programa SENAC de
Gratuidade – PSG/2011.

Vagas para Imperatriz:

Auxiliar de Cozinha - Local:Centro de Formação Profissional de Imperatriz
Garçom Básico - Local:Centro de Formação Profissional de Imperatriz
Manicura e Pedicura - Local:Comunidade São José do Egito
Auxiliar de Cozinha - Local: Associação dos pais e Amigos dos Excepcionais

INCRIÇÕES: 08 A 19 de Julho de 2011 - Endereço eletrônico: http: www.ma.senac.br/psg/editalpsg2011-11

quarta-feira, 13 de julho de 2011

SINDICATOS E ENTIDADES DENÚNCIAM TERRIVEIS IRRUGARILDADES NA CONFERÊNCIA DE SAÚDE






Movimentos sociais são organizações da sociedade cível que pressionam a sociedade política (Estado e instituições afins) visando a defesa/conquista de direitos (humanos, civis, políticos, econômicos, ecológicos, etc.). A organização da sociedade em movimentos sociais é inerente á sua estrutura de poder.

Pois bem. A Conferência Municipal de Saúde é um espaço obrigatório de grande valor democrático para se debater as sérias questões ligadas a saúde, bem como a escolha de novos conselheiros do segmento. Sem os conselhos legitimamente eleitos e homologados, o gestor (a) fere de morte sua capacidade de transmutar a democracia meramente representativa para uma que seja efetivamente participativa. Perde o povo, que fica sem forças de alteridade perante o poder institucionalizado. Resumindo: O governo faz tudo, pode tudo.

Segundo a sindicalista Francineide Pereira Alves, militante há 15 anos no sindicato da Saúde e atual presidente do Conselho, o Governo Municipal representado pela sua Secretária de Saúde, Conceição Madeira e pelo seu Ouvidor, o Sr. Daniel Souza, vêm descumprindo de forma anti-democrática e bastante arbitrária todas as disposições amparadas por lei federal, no que tange a realização da conferência bem como eleições de representantes da mesma.

As denúncias são gravíssimas. Dentre elas a esdrúxula nomeação de pessoas alheias ao Conselho de Saúde para a Comissão Organizadora da Conferência, desobedecendo a lei que determina claramente que a comissão deva ser formada diretamente pelo conselho municipal.

Tem mais: revogação de resoluções do Conselho de forma a coagir o interesse público, homologação de portarias no sentido de manipular o processo, dentro outras bizarrices que ferem a democracia e o próprio Regimento Interno do Conselho.

Em tempos como estes, de terríveis denuncias de crimes contra o erário no que tange a saúde. Da falta de estrutura adequadas que respondam a demanda da população e, finalmente, da opulência de alguns gestores “bem de vida” que só se locupletam utilizando a maquina, ficamos todos atônitos e extremamente desconfiados de atitudes como essa dos representantes do poder constituído.

Francineide Alves, representante do sindicato, já entrou com uma ação na justiça solicitando inclusive a revogação desta conferência. Acompanharemos todo o desenrolar do caso, visto que eu e toda minha família utilizamos o SUS, sabemos muito bem o sofrimento que é. Não dá pra ficar alheio, indiferente.

Enfim. Façamos da sociedade cível uma ampla rede de movimentos sociais e vamos transformar a questão da saúde, um problema social, numa questão política. Só assim haveremos de aprimorar o nosso processo democrático e erradicar a miséria e a desigualdade social.

FONTE: Blog do Carlos Leen


















sexta-feira, 17 de junho de 2011

Exposição Raízes Maranhenses

Todo apoio à luta dos quilombolas do Maranhão!

Na madrugada do dia 13/06 a sede da Comissão Pastoral da Terra em São Luís foi arrombada e do local não foi levado nenhum objeto de valor. O fato ocorreu em meio à grande luta encampada por esta entidade junto com as comunidades quilombolas do Maranhão, que reivindicam o direito à vida antes de tudo.

A situação dessas comunidades é bastante preocupante, uma vez que em outubro do ano passado o líder quilombola Flaviano Pinto Neto foi assassinado com sete tiros na cabeça, outras duas lideranças já sofreram atentados e, segundo a CPT, existem hoje cerca de 59 pessoas no movimento “marcadas para morrer”.

Diante dessa situação e frente ao descaso do Estado é que cerca de 100 quilombolas ocuparam a sede do INCRA em São Luís, onde além da titularização das terras exigiam justiça no caso dos assassinatos e outros crimes contra essa população. Como parte do movimento, dia 09/06 dezessete quilombolas e dois padres da CPT iniciaram no uma greve de fome que durou um dia como forma de pressionar a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, para que esta venha pessoalmente ao Maranhão discutir a situação dos quilombolas e atender às suas reivindicações.

Vale lembrar que no Maranhão, existem cerca de 700 comunidades quilombolas de acordo com dados da CPT e que a população quilombola no estado, segundo o IBGE, é de 1.362.567 de pessoas.

Num estado historicamente oligárquico, onde o peso do latifúndio se sobrepõe ao direito à terra e à vida, essas populações vivem sob constantes ameaças sendo que nenhum dos governantes resolveu esses problemas, mesmo os vistos como supostamente progressistas. Nas palavras do padre Inaldo Serejo, coordenador da CPT no Maranhão: “Há, no Maranhão, um consórcio da grilagem. Esse consórcio tem representantes nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ele também tem uma rede dentro dos cartórios formada para fraudar e legalizar documentos falsos. As oligarquias políticas têm um poder de domínio fortíssimo. Eles são os ‘donos’ da política e da economia do Maranhão”.

Com a vitória de Lula em 2003, havia um sentimento no seio dos movimentos sociais de que a partir de então a questão dos direitos humanos fossem tratadas de outra forma e que finalmente o Brasil teria uma reforma agrária justa. No entanto, Lula e Dilma escolheram por aliados fundamentais aqueles que expulsam trabalhadores do campo e que são responsáveis diretos pela morte de centenas de trabalhadores rurais, indígenas e quilombolas.

Ainda de acordo com padre Inaldo: “O povo pensou que nós poderíamos escapar dessa oligarquia com o início do governo Lula, aí de repente aparece uma aliança entre Lula, Dilma e Sarney. A avaliação feita por grande parte dos Maranhenses é muito negativa. Essa ligação dos poderosos maranhenses à estrutura do Estado é algo muito trágico para o nosso povo. O Estado parece se colocar a serviço do latifúndio, a serviço desse processo de extermínio que sofrem as comunidades quilombolas e as comunidades camponesas do Maranhão.”

Recentemente, foi aprovado, com a anuência do governo federal, o novo Código Florestal e dias depois a presidente Dilma assinou um decreto que adia por mais seis meses as punições contra os desmatamentos ilegais na Amazônia e mante-se inúmeros planos de hidroelétricas atacando as populações tradicionais. Tudo como parte das negociações para salvar o ministro/milionário Antonio Palocci. Paralelo a isso, assistimos uma escalada da violência com inúmeros assassinatos em estados da Amazônia, sendo que o mais emblemático aconteceu no Pará na cidade de Ipixuna. Segue-se com a política de criminalização dos movimentos sociais do campo e da cidade enquanto que os assassinos de Flaviano continuam livres e ameaçando mais pessoas.

Diante dessa situação exigimos o fim dos assassinatos, proteção aos militantes ameaçados, reforma agrária, mais investimentos no INCRA, IBAMA e ICMBIO e nos posicionamos contra o novo código florestal e demais benefícios ao agro e hidronegócio. Estamos ao lado dos companheiros quilombolas que na luta pela terra, lutam também pela vida e pela libertação do Maranhão das mãos dos que oprimem a maioria da população

São Luís, 16 de junho de 2011.

Unidos Pra Lutar!



Contato: www.unidospralutar.blogspot.com

segunda-feira, 6 de junho de 2011

NOTA DA UNIDOS PRA LUTAR - BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO

SOLIDARIEDADE À JUSTA LUTA DOS BOMBEIROS DO RIO DE JANEIRO
LIBERDADE IMEDIATA AOS PRESOS POLÍTICOS DO GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL



439 soldados presos, dezenas de feridos e completo desrespeito aos direitos humanos foi o saldo da operação realizada pela Tropa de Choque da Policia Militar e pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) para desocupar o Quartel Central do Corpo de Bombeiros tomado por mais de 2 mil soldados no dia 04/06. Os bombeiros há mais de um mês reivindicam reajuste salarial e melhores condições de trabalho, sendo que no Rio de Janeiro recebem R$ 950 reais de salário.

A ação de repressão e despejo foi ordenada pelo governador do Estado do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) um dos principais aliados da presidente Dilma Rousseff e por muito pouco não termina em tragédia.

Na coletiva a imprensa dada pelo governador horas após o conflito estampava-se em sua face o ódio e o desprezo para com a categoria e seus familiares.

Sérgio Cabral com o cinismo que lhe é peculiar chamou de vândalos os trabalhadores (as) que durante as últimas tragédias naturais ocorridas no estado não mediram esforços para salvar milhares de vidas soterradas pela lama.

Tragédia de dimensões gigantescas cujos responsáveis são a maioria dos políticos e seu total descaso com os problemas da população e dos trabalhadores. Pouco lhes importa que os bombeiros tenham salários arrochados ou que famílias inteiras fiquem sem teto, porque eles já são podres de rico! No caso do governador, dono de uma luxuosa cobertura no Leblon e de uma mansão em Angra dos Reis enquanto que o Ministro da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci ganhou nada menos que R$ 20 milhões de reais em quatro anos, traficando influências e vendendo informações privilegiadas para empreiteiras e banqueiros amigos do PT/PMDB que financiaram suas campanhas eleitorais.

O estado do Rio de Janeiro se prepara para receber dois mega-eventos esportivos, que deveriam ser preparados com toda seriedade. Mas estão gastando bilhões de reais em obras sem nenhuma transparência para favorecer suas amigas empreiteiras das quais eles com certeza receberão generosas “propinas”, enquanto que, para os trabalhadores, para segurança publica, para saúde ou educação é cada vez menos orçamento e mais ajuste!

Por trás do glamour que ostenta nossa cidade maravilhosa existe uma enorme desigualdade social. De um lado a ganância dos ricos que controlam a Super-via, as Barcas S/A e que detém parte do negocio gerado pelo monopólio da água e do esgoto, do outro lado uma população que se pendura nos trens e paga uma das passagens de ônibus mais caras do país.

A luta dos trabalhadores (as) do corpo de bombeiros é parte da luta que vem travando trabalhadores em educação e o conjunto dos servidores estaduais contra o governo do estado por melhores salários e condições de trabalho. Por isso todos devem estar unidos nessa luta.

A resposta que vem dando Sergio Cabral às justas reivindicações dos trabalhadores (as), em especial do Corpo de Bombeiros, não tem sido a destinação de uma parte dos royalties provenientes da produção do petróleo e do pré-sal, ao contrário, tem sido bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, spray de pimenta e uma completa criminalização das lutas salariais. Daí que os bombeiros presos são todos presos políticos do Governo do Estado, por exercer o legítimo direito de lutar por melhores salários!

Exigimos a libertação imediata desses trabalhadores e a imediata abertura de negociação com a categoria no sentido de atender suas justas reivindicações.

Não aceitaremos nenhum processo disciplinar que macule a vida profissional dos “heróis” trabalhadores que arriscam suas vidas para salvarem vidas.

Enquanto todos fogem do fogo, nossos heróis são obrigados a encarar o fogo. Enquanto todos fogem do perigo, nossos heróis são obrigados a enfrentar o perigo.

Sabemos reconhecer como trabalhadores que somos a luta dos bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Sua luta é nossa luta. ESTAMOS JUNTOS!

É principio de UNIDOS PRA LUTAR A SOLIDARIEDADE DE CLASSE a todos os trabalhadores que lutam contra os governos e os patrões por melhores salários e condições de trabalho.

Nesse sentido, colocamos a disposição dos Bombeiros e seus familiares a limitada e humilde estrutura política e material de nossos sindicatos e associações para ajudar que sua luta seja vitoriosa. Isso significa a utilização de nossas sedes, carro de som, telefones e apoio financeiro para ajudar a coordenar sua luta que já é nacional. NENHUM PASSO ATRÁS. FIRMES NA LUTA ATÉ A VITÓRIA!

UNIDOS SOMOS FORTES!
QUEM É! QUEM É! É O BOMBEIRO NO LOCAL!

“Rija luta aos heróis aviventa,
Inflamando em seu peito o valor,
Para frente o que importa a tormenta
Dura marcha ou de sóis o rigor?
Nem um passo daremos atrás,
Repelindo inimigos canhões
Voluntários da morte na paz
São na guerra indomáveis leões”.

Estrofe do Hino do Soldado do Fogo (Bombeiros)
Letra: Tem. Sérgio Luiz de Mattos - Música: Cap. Antonio Pinto Júnior

Rio de Janeiro-RJ, 05 de Junho de 2011.

UNIDOS PARA LUTAR
Associação de Sindicatos Livres e Independentes
FONE: (21) 9362-0403. e-mail: unidospralutar@ymail.com
Endereço na Internet: http://unidospralutar.blogspot.com/

quarta-feira, 25 de maio de 2011

PALOCCI TEM QUE SAIR!

Mais uma vez o governo do PT enfiado ate o pescoço em denúncias de corrupção. Mais uma vez a Casa Civil exalando o cheiro podre como central de negócios sujos. Mais uma vez Palocci como protagonista de ilícitos que levam ao enriquecimento fácil. Nada é novo, o problema é saber até quando se podem tolerar desculpas esfarrapadas para justificar o assalto aos cofres do Estado em beneficio destes grupos que chegam ao poder.

Diferente de seus antecessores, José Dirceu e Erenice Guerra, que comandaram o mensalão e esquemas de propinas, o atual Ministro Palocci, nem precisou chegar à poderosa Casa Civil para receber rios de dinheiro. Uma pequena antecipação pelos serviços que iria prestar para traficar influências e repassar as valiosas informações que fornecem as entranhas do Estado.

Para a tropa de choque do governo Dilma, que enfrenta “indignada” o questionamento da opinião pública, o enriquecimento do Ministro Palocci é normal. Ministros, senadores e deputados, encabeçados pelo próprio Sarney, numa atitude de auto-proteção, tentam explicar que não tem nada de irregular um ex-ministro multiplicar seu patrimônio em 20 vezes no curto período de quatro anos. Mas quais são as qualidades excepcionais deste Ministro, para construir uma fortuna de muito mais de 20 milhões em tão pouco tempo?

Certamente que esse meteórico enriquecimento não foi produto de sua excepcional inteligência nem dedicação ao trabalho e sim de sua localização em postos chaves do governo. A partir desses cargos, Palocci detém valorosas informações sobre os caminhos para chegar ao dinheiro público, que vende a peso de ouro para o grande capital, seja financeiro, agronegócio, empreiteiras ou outras corporações. Palocci está nesse cargo porque, além de homem de confiança de Lula e do PT, é “o cara” de confiança de todos eles, dos chamados “mercados”.

Claro que a mudança de Palocci, de militante de esquerda e médico a intermediador de milionários negócios a serviço das grandes empresas não é um fato individual. O PT no governo, seus dirigentes, deputados, ministros, governadores, prefeitos, vereadores, secretários, seja no primeiro, segundo ou terceiro escalão, descobriram que é muito fácil virar rico. Seguiram a receita dos burocratas e ditadores capitalistas chineses que afirmaram que “é glorioso ser rico”. E tanto lá como cá, a riqueza individual alcançada pelas autoridades que deveriam servir ao bem público é ampliada por entregarem os bens da nação, o suor do povo e o esforço de gerações para os bilionários de turno que compram facilmente estes políticos venais. Um exemplo disto é a bancada de deputados e senadores do PT que já tem 14 milionários.

O financiamento de campanha é o primeiro passo para esta parceria. Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Correia, junto com os donos do Bradesco, do Itaú e de outras instituições financeiras e os bilionários do agronegócio, estão entre os maiores doadores das campanhas de Dilma Roussef e demais candidatos petistas e demo tucanos. De acordo com as noticias da imprensa, outra empreiteira, a WTorre, que faz negócios milionários com a Petrobrás e os fundos de pensão Funcef e Previ, é doadora da campanha da Presidente Dilma e do Ministro milionário Palocci. A partir daí é fácil virar “cliente” do político que também é “consultor” das empresas que recebem valiosas “dicas”, que com certeza representam para o investidor um retorno bem superior ao investido na compra da sigilosa informação. Alguém imagina quanto lucraram os que pagaram a Palocci os 20 milhões? É a mesma razão que leva a banqueiros e multinacionais a pagarem até U$S 500 mil por palestra no exterior, nas quais o ex-presidente Lula vende seus “conselhos” e conhecimentos obtidos nos oito anos de governo.

Esses são os “ralos” pelo que sai o dinheiro que deveria ir para educação, saúde, segurança, moradia, salários. Os contratos para pedágios, construção de portos, navios, casas, estádios, estradas, aeroportos, plataformas, hidrelétricas são na maioria das vezes super faturados; não se investe nas obras o prometido nos contratos; o material de má qualidade faz com que prédios desabem; os controles são inexistentes e as licitações de carta marcada. A novidade agora é uma “mudança” na lei de licitações para favorecer os amigos do poder nas obras para a Copa e Olimpíadas. Mas se isso não bastasse, tem os créditos fartos do BNDES, com juros camaradas e prazos a perder de vista.

Palocci e os políticos da base governista, como antes fizeram os ministros e políticos do tucanato, enquanto enchem o próprio bolso e o dos seus verdadeiros patrões que são as grandes empresas, impõem reformas da previdência que tiram direitos; decidem um salário mínimo que não cobre as necessidades de uma família trabalhadora; cortam verbas da saúde, da educação, da prevenção de catástrofes, da segurança para fazer superávit primário e pagar ao sistema financeiro 1,7 bilhão de reais por dia em juros e amortizações de uma dívida ilegal e imoral. Afastando-se de sua origem como trabalhadores e como militantes de esquerda, vivem como ricos e pensam como tais, sem preocupação com a inflação e sem pudor para congelar salário do servidor público ou deixar milhares de desabrigados na rua.

Ao amparo deste tipo de políticos e de governo, aumentam as máfias como a dos “sanguessugas”, a das ambulâncias, a dos roubos da merenda escolar, e todo tipo de ilegalidades de verdadeiras quadrilhas que se espelham nos governantes e se favorecem da impunidade que a todos eles protege. Proteção mútua necessária como são os pactos de silêncio entre as máfias, porque todos eles são cúmplices dos escandalosos roubos de dinheiro publico.

Palocci tem que sair

Sua trajetória está trilhada de obscuros negócios à margem da lei, como a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo, que denunciou que Palocci, reunia-se na mansão de Brasília onde lobistas e políticos celebravam suas negociatas, regadas à Whisky e champanha importados. Por isto ante este mais novo escândalo, Palocci deve sair já do governo!

Até que não se imponha o financiamento público das campanhas eleitorais e a obrigação de abertura dos sigilos bancário e fiscal de todos os políticos ocupantes de cargos públicos, continuarão se enriquecendo mandando e desmandando os Palocci, Dirceu, Sarney, Renan Calheiros, Jáder Barbalho, etc. à serviço do grande capital, esvaziando os cofres públicos e penalizando a população trabalhadora.

Mas para mudar este podre regime político do poder econômico e da corrupção, mandar estes lobistas milionários e os novos milionários políticos corruptos como Palocci para a cadeia e devolver aos cofres tudo o que roubaram, é necessário que o povo se organize e lute nas ruas, como fizeram no Egito ou na Tunísia. Os estudantes e a juventude de Brasília, que expulsaram um reitor corrupto e um governador como Roriz através de sua mobilização, são o exemplo mais próximo a seguir.

Coordenação Nacional da CST – PSOL - 22 de Maio de 2011
http://www.cstpsol.com

sexta-feira, 13 de maio de 2011

O PSOL e o novo relatório do Aldo Rebelo

De como a formiguinha abriu a trilha para o elefante. Ou, para ficar na ameaçada fauna brasileira, de como o curiango, passarinho da noite, indicou o caminho para o lobo guará. La Fontaine e Esôpo se deliciariam... Mas não estamos no mundo mágico da literatura e sim na realidade áspera do plenário da Câmara, à meia noite desta 4ª f., 11 de maio. Ali, um pedido de retirada de pauta da matéria – mudanças drásticas no Código Florestal -, feito pelo PSOL e fadado à derrota, ganhou um inesperado apoio do PT, depois do PMDB e, por fim, de toda a base governista.

Melhor assim: após 13 horas de espera, o plenário ouviu um relato do deputado Aldo Rebelo, do PC do B que tem alta consideração pelos capitães do agrobusiness, sobre o esperado novo projeto de alterações no Código Florestal. Para nós, do PSOL e do PV, e para alguns deputados dispersos de outros partidos, as alterações enfraquecem o controle ambiental, tão necessário nesse século XXI de constatação da degradação planetária. Cuidado ambiental que também é para quem não tem mentalidade primária, colonialista e patrimonialista, um importantíssimo ativo econômico.

Estamos analisando a nova proposta, ponto a ponto. Mas ela mantém – e, em alguns artigos, até agrava – os aspectos negativos das anteriores. Sabemos que, no Brasil, revolucionário é cumprir a lei. O relator dizer, como disse que o Código Florestal em vigor ‘é um absurdo e foi elaborado levianamente’ soa como música aos ouvidos dos grileiros, dos latifundiários de cabeça coronelista. Aliás, ressalte-se que 15 deputados e 3 senadores – do DEM, do PSDB, do PP, do PR, do PPS, do PMDB, do PDT, do PTB – têm multas aplicadas pelo IBAMA, e serão beneficiários da anistia que o novo Código prevê: prêmio a quem desmatou desmerecimento a quem cumpriu a lei.

Pelo novo texto, um atestado de óbito do Código Florestal, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) perde sua função e o Ministério Público é excluído da importantíssima tarefa de promover o cumprimento da lei e Termos de Ajuste de Conduta (TAC), cuja denominação, inclusive, foi alterada para um suave ‘Termo de Adesão e Compromisso’. As palavras carregam sentidos...

A Emenda apresentada pelo DEM é um verdadeiro substitutivo, que visa restabelecer o ‘liberou geral’ total da proposta anterior. Os setores do agronegócio que a bancam são insaciáveis.

De forma objetiva, o relatório Aldo III traz os retrocessos que se seguem:

1. Permite pecuária extensiva em APP de Encostas e Topos de Morros (Art. 10);

2. O mangue deixa de ser APP, o que permite desmatamento em mangue e atende lobby de grandes empreendimentos de camarão (carcinicultura);

3. Altera a regra que impede desmembramento de imóveis rurais a partir de 2008, com intenção de permitir a grandes proprietários os benefícios de 4 módulos, como isenção de Reserva Legal, entre outros (Art. 13);

4. Troca a palavra RECOMPOSIÇÃO por REGULARIZAÇÃO, ou seja, o crime de desmatamento irregular em Reserva Legal que deveria ser RECOMPOSTO passaria a ser REGULARIZADO (Art. 14, inciso I);

5. Troca a AVERBAÇÃO por mero CADASTRO de Reserva Legal com uma única coordenada geográfica, o que geraria total inconsistência técnica de medição e impediria monitoramento de desmatamentos irregulares;

6. RETIRA o MINISTÉRIO PÚBLICO das ações de ajustamento de conduta (TAC) para ações em desconformidade com a legislação ambiental. Os TAC´s realizados através do “Programa Carne Legal”, pelo MPF no Estado do Pará reduziram o desmatamento em 40%, por exemplo;

7. Insere a palavra “PODERÁ” na atual obrigatoriedade de embargo nas áreas desmatadas irregularmente, o que é uma evidente liberalização (Art. 58);

8. Mantém ANISTIA a Crimes Ambientais cometidos até junho de 2008;

9. Confirma a desnecessidade de RESERVA LEGAL comprovada e averbada para imóveis até 4 módulos, contabilizando apenas a área que exceder 4 módulos;

10. Reitera o conceito de ÁREA CONSOLIDADA para todas as atividades e imóveis até 2008.



Resistiremos!



Chico Alencar PSOL-RJ

Ivan Valente PSOL-SP

Jean Wyllys PSOL-RJ

segunda-feira, 2 de maio de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Coca-Cola, Bradesco e MacDonald's financiam PCdoB


O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foi financiado nas eleições de 2010 pela Coca-Cola, pelo Bradesco e pela rede de fast-food norte-americana MacDonald's. Segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo, a Coca-Cola foi quem mais doou ao partido: R$ 550 mil. O Bradesco, por meio do Banco Alvorada, deu ao PCdoB R$ 350 mil. Já o MacDonald's contribuiu com R$ 40 mil. As doações foram dadas ao Comitê Financeiro Único do PCdoB nos estados do Amazonas , São Paulo e Rio de Janeiro. Não é a primeira vez que o PCdoB recebe dinheiro destas empresas. Em 2006, a Coca-Cola doou R$ 235 mil e o Bradesco R$ 60 mil.

Em reportagem publicada no dia 20 de março, a Folha revela também que essas empresas são patrocinadoras das Olimpíadas do Rio-2016 e da Copa do Mundo de 2014, eventos coordenados pelo ministro dos Esportes Orlando Silva, filiado ao PCdoB.

Porém, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rebelo, negou ao jornal qualquer relação entre as doações e os eventos esportivos: "Sinceramente, nem sabia quem eram os patrocinadores das Olimpíadas e da Copa". Para Rebelo o motivo das doações é outro: "Não procuramos ninguém por ser patrocinador olímpico. Procuramos quem defende os princípios iguais aos do partido", ressaltou.

Da Redação

Fonte: http://www.averdade.org.br/modules/news/article.php?storyid=819

em 14/04/2011

Um fiel retrato da relação promíscua entre os financiadores de campanha e os partidos políticos. Ou seja, os financiadores mais cedo ou mais tarde irão receber algo em troca, não creio que isso seja feito por pura caridade.

Fazendo um paralelo com o futebol, dias antes de ler essa material fazia uma reflexão sobre a goleada que o Bayen Monique emplacou no Bayer Leverkusen 5 x 1. O time goleado tem no seu elenco o craque Renato Augusto, rubro negro que sou, tenho acompanhado nossa prata da casa. Pois bem, este clube vinha embalado no campeonato alemão na cola do líder Borussia.

Sim. E a relação com o financiamento? Eis, a questão. ]O técnico do time derrotado já tem contrato como o de Monique para a próxima temporada e o sonho de consumo dos clubes europeus é a Champions League. Assim, com a vitória o futuro clube do treinador Jupp Heynckes continuará na disputa por uma vaga na cobiçada Champions.

Talvez seja mera coincidência.





segunda-feira, 18 de abril de 2011

Em defesa do PSOL classista e de combate no Maranhão

Em defesa do PSOL classista e de combate no Maranhão


O PSOL/MA atravessa uma das suas maiores crises, processo que se arrasta desde 2009
e que recentemente gerou a ruptura de um coletivo de militantes e filiados que dirigiam o partido em nosso estado. Essa crise enfraqueceu e debilitou o partido e a esquerda. É urgente a superação do internismo e da paralisia dos últimos meses. Os que escrevem essa nota desejam contribuir analises e propostas para recolocar o PSOL/MA no centro da luta de classes combatendo governo e patrões e disputando contra a velha direção traidora e a falsa esquerda.

Há uma crise social que se aprofunda

Nosso estado atravessa tempos tenebrosos. Governado pela oligarquia Sarney há mais de 40 anos, mais da metade da sua população não possui condições mínimas de direitos humanos. Enquanto Dilma e Temer falam de erradicar a pobreza, no Maranhão temos 56% da população em condições de pobreza absoluta. Isso, considerando o conceito de pobreza do Banco Mundial, o que daria uma renda de R$ 270, com a qual nenhum ser humano consegue sobreviver com dignidade. Praticamente essa mesma porcentagem não tem acesso a saneamento básico. Há um batalhão de precarizados, sub-empregados ou desempregados, amargando a ausência de direitos trabalhistas, o que estimula o crescimento vertiginoso da violência.

Roseana Sarney e Washington Luiz continuam a receita neoliberal de Jackson Lago aprofundando esse quadro. Na saúde, não há investimento para garantir número adequado de profissionais, de material ou infra-estrutura. A educação é outra catástrofe
recorrente apesar do enorme esforço dos profissionais do setor e da imensa carga de trabalho que acumulam. Os serviços públicos são desmontados, seguindo a risca a linha do governo Dilma de arrochar salários e permitir que a iniciativa privada obtenha lucro vendendo serviços em áreas que deveriam ser do Estado. Há um tremendo déficit habitacional, que transbordou novamente na cheias dos rios Mearim, Itapecuru, Tocantins e Parnaíba, desabrigando e desalojando 10 mil pessoas em 12 cidades, sobretudo em Trizidela do Vale, Igarapé do Meio e Bacabal. São milhares de trabalhadores, que sem ter alternativa, habitam nos leito dos rios, em zonas de risco ou possuem casas impróprias ou inadequadas.

A reforma agrária, pauta histórica dos movimentos sociais, nunca sai do papel. Nem pelas iniciativas do palácio do planalto, nem pela ausência de iniciativa dos eventuais inquilinos do Palácio dos Leões. Cresce o favorecimento do agronegócio e a concentração de terra atinge índices alarmantes, com 56% das terras nas mãos de apenas
2,8% imóveis.

Por outro lado, como é característico dessa oligarquia, cresce a corrupção. No governo PMDB/PT é a da FAPEMA e da FUNAI, seguindo a risca o mesmos esquemas ilícitos que contaminam o STF Ficha Suja, o senado dos atos secretos, a câmara dos mensaleiros. Fatos que devemos combater.

A crise no PT abriu uma oportunidade

Na eleição passada as fileiras do PT foram convulsionadas. A imposição da aliança com Roseana Sarney, gerou uma crise brutal e rejeição de metade do partido, cuja expressão na superestrutura foi a greve de fome do deputado Domingos Dutra, de Teresinha Fernandes e de Manoel da Conceição. Houve ainda vigílias em sede do partido,pronunciamentos contrários de deputados estaduais e notas públicas de dirigentes sindicais ligados ao PT e CUT. A radicalização da base petista contra o sarneysmo da direção foi acentuada pelo fato do PT ter integrado a frente que questionou a posse de Roseana Sarney após a justiça determinar a cassação de Jackson Lago do PDT em 2009.Roseana assumiu o governo no tapetão e governou de forma ilegítima visto que não ocorreram novas eleições depois da cassação de Jackson.

Naquela ocasião, nós da Corrente Socialista dos Trabalhadores (tendência interna do PSOL) nos posicionávamos da seguinte forma:
Sabemos que a situação é difícil, pois a direção do partido empurra para fora todos os que pensam diferente. No momento a ala anti-Sarney sofre um processo camuflado de expulsão e seus direitos democráticos são retirados. Em todo o país os petistas que não se curvam estão sendo pisoteados pela direção. ... a polarização interna ainda seguirá, pois o PT se divide em dois grupos divergentes no estado... O PSOL nasceu com a convicção de que era necessário e possível construir uma esquerda socialista e democrática, como uma trincheira a todos os que querem lutar. Sabemos que o PSOL estará aberto a um dialogo assim que os companheiros, que hora se encontram em uma dura batalha, julgarem que é o momento apropriado. Sabemos que o PSOL estará de portas abertas, caso os companheiros que já saíram do PT decidam construir outra alternativa à esquerda do governo Lula”. (Somos solidários aos petistas que não se curvam para Sarney e sua máfia! Nota da CST – Junho 2010).

Efetivamente ocorreram desfiliações e um grupo de companheiros pediu ingresso no PSOL/MA. De nosso ponto de vista, trata-se de ter uma política para intervir nessa crise e trazer ao nosso partido, para o nosso programa, ativistas sindicais e populares que desejam construir uma verdadeira esquerda em nosso estado. Para isso temos que vencer um problema elementar: fazê-los compreender que o “sarnopetismo” é nacional, irreversível, que afetou diretórios em todo país. Lula, pessoalmente, comandou a operação abafa, quando Sarney esteva prestes a cair da presidência do Senado, repetindo o que fez em apoio a Renan. Não esqueçamos que Roseana foi líder do governo Lula até 2009, antes de assumir o posto de governadora do MA. Lula também comandou a tropa de choque contra Domingos Dutra durante a greve de fome e ordenou a intervenção no PT do Maranhão, de MG e outros estados, destruindo o PT. Esse processo vai se aprofundar nas eleições de 2012. O governo Dilma é mais refém de Sarney do que o governo Lula, visto que o PMDB ocupa a vice-presidência com Temer. O PT deu sobrevida a uma das piores oligarquias do país, exatamente como deu sobrevida a Maluf e Jader com alianças em SP e PA. Ser oposição a governo Roseana PMDB/PT é um primeiro passo para ser oposição de esquerda ao governo Dilma PT/PMDB.

Enfrentar os obstáculos

Na construção de uma esquerda autêntica em nosso estado temos que enfrentar as falsas esquerdas, sobretudo o PDT e o PC do B de Flávio Dino, que são vistos como progressivos e “alternativas” aos Sarney. O PDT pelo episódio de 2009, embora saibamos que esse partido se enfraqueça com a morte do seu principal líder, Jackson Lago. O PC do B causa mais confusão e aparece como a “novidade” com Flávio Dino, que chegou a disputar o segundo turno na capital São Luis em 2008 e ficou a frente do PDT nas eleições de 2010. De fato, conseguiu canalizar a maioria do descontentamento anti-sarney e capitaliza até o momento eleitoralmente grande parte do movimento social que enfrentou a posse de Roseana em 2009.

É necessário não titubear, não capitular e não ter medo de enfrentar essas ilusões. Do contrário não conseguiremos abrir um espaço próprio para o PSOL e o projeto de construir uma verdadeira esquerda com influência de massas não terá sucesso. É preciso explicar pacientemente o projeto dessa falsa esquerda. O PDT já governou. A Lei do Cão é um exemplo concreto de que não governam para os trabalhadores. Até hoje inúmeras categorias, como professores, tem muita raiva desse governo, que foi neoliberal. Nada houve de diferença substancial entre Jackson e Roseana. No fundo, com eventuais divergências secundárias, a essência é a mesma. Agrega-se que é público e notório que grande parte do governo do PDT foi apoiado por políticos ligados ao clã Sarney. Em relação ao PC do B, partido que aparece mais ideológico, que se diz “o partido do socialismo”. É preciso refrescar a memória dos trabalhadores. Eles, falsos socialistas, já estiveram no governo de Roseana Sarney. Além disso, o PC do B foi um dos partidos que mais defendeu Sarney durante a crise do senado. Uma das defesas mais vergonhosas, afirmando que Sarney foi progressivo durante o governo FHC.

Do ponto de vista nacional, as divergências paroquianas se dissipam. O PMDB de Roseana, o PDT e o PC do B de Flávio Dino, estão todos felizes e abrigados no governo Dilma/Temer sem qualquer atrito para além das brigas por cargos e nomeações nos ministérios.

A crise do PSOL/MA é de ordem política e programática

Infelizmente no último dia 31, fomos surpreendidos com a saída de 49 companheiros, dentre eles Paulo Rios, Saulo, Saturnino, Rogério, Dolores, etc., camaradas que compunham a direção majoritária do partido no estado. Em sua carta, os companheiros apresentam o que seriam os motivos para sua ruptura com o PSOL, dentre os quais a entrada de ex-petistas no PSOL MA. Criticam o PSOL nacional em inúmeros aspectos e em temas sobre os quais a CST se posicionou de forma crítica: financiamento de campanha, o arco de alianças, a centralidade do eixo institucional impulsionados pela maioria do diretório nacional. Porém, eles apresentam um PSOL estadual que não existe na realidade do Maranhão.

Na carta destes companheiros são apresentados dois partidos, um nacional e outro estadual. Ao ler o texto temos a impressão que o PSOL estadual seria um partido muito dinâmico, inserido na classe trabalhadora e que intervinha sempre nas lutas do estado e com ampla democracia interna e consulta às bases. É como se o PSOL MA, dirigido por eles, fosse o oposto do nacional e um exemplo a ser seguido. Mas infelizmente não era assim. Tal qual acontece nacionalmente o PSOL maranhense ainda não conseguiu se fincar no seio da classe trabalhadora, muito menos consegue ter uma atuação partidária nos processos de luta em nosso estado.

A prova disso é que mesmo o partido tendo muitos dirigentes sindicais, como em bancários, judiciário, ministério público e ser parte daqueles que estão na linha de frente da oposição em professores estaduais e servidores públicos federais, o PSOL nunca teve uma linha de atuar de conjunto como partido nas lutas e greves da classe trabalhadora em nosso estado. Por exemplo, ano passado na greve de bancários ou da Fenajufe não saiu sequer uma nota de apoio às lutas dessas categorias por parte da direção do PSOL. A nota de apoio a greve de professores desse ano, por exemplo, só saiu 19 dias depois do início da mesma, por proposta de tendências minoritárias. A intervenção nas lutas se dá por meio do militante individual ou que pertence a uma corrente como ocorre em todos os outros diretórios.

A crise pela qual passa o PSOL MA não pode ser compreendida apenas pelos últimos fatos: entrada de ex-petistas e saída do grupo que tinha a maioria na direção do partido. As diferenças que há muito existem no partido são de ordem político-programática. De um lado havia um grupo que era maioria na direção do PSOL, que mantinha uma postura sectária que visava fechar o partido como forma de manter sua hegemonia política, levando o partido ao isolamento e a derrotas como foi o péssimo resultado eleitoral de 2010. Para se ter outra idéia, em 7 anos, o número de filiados na capital não chega a 100! Como conseqüência dessa visão assumiam posturas anti-democráticas negando o direito que um outro setor do partido pudesse apresentar uma candidatura ao senado.

A ampla maioria das reuniões da executiva do partido, dirigido por esse grupo tratava de questões organizativas ou de finanças, onde se privilegiava as instâncias de direção em detrimento das plenárias de base.

Na extremidade oposta, temos setores que defendem um partido focado na disputa eleitoral que apoiaram Jackson Lago e Lula no segundo turno em 2006 e que se abrem para alianças com PDT, PC do B, etc. Nas últimas eleições, uma das expressões dessa política foi feita pela companheira professora Socorro, nossa candidata ao senado, quando incluiu o PSOL na vala comum dos partidos chamados “anti-sarneístas” como se não existissem diferenças qualitativas, do ponto de vista da esquerda, entre nosso candidato e os demais. Não estamos construindo um partido para ser mais um no campo daqueles que se colocam como oposição à oligarquia Sarney. Temos lado e este é o da classe trabalhadora e do povo pobre que é explorado pelo capital, através de seus agentes diretos, o governo Dilma (PT/PMDB) e o governo Roseana (PMDB/PT). Sem essa delimitação o PSOL MA perde razão de existir.

A nota de apoio à greve dos professores é um ponto programático importante para
recompor o partido.

Achamos que nesse momento é fundamental fortalecermos o PSOL e reafirmarmos nosso partido como oposição de esquerda aos governos Rosena e Dilma. Nossa luta passa também por apoiar e estar presente em todas as lutas e mobilizações da classe trabalhadora e do povo, com a campanha salarial dos servidores federais e dos rodoviários, a paralisação da Fenajufe, as greves como a dos policiais ou mobilizações populares e da juventude. Por isso, reivindicamos como acertada a nota unificada da executiva do PSOL em apoio à greve dos professores da rede estadual, pois nela fica claramente demarcado quem são nossos inimigos: o governo estadual de Roseana e Washington e também o governo federal de Dilma e Temer, além de criticar o governo Jackson do PDT.

O grupo que rompeu, não deu importância a esse texto unificado, votado por todas as forças políticas, porque já não queria mais ser do PSOL. Aliás, convidaram militantes do PSOL a sair com eles e ingressar em outro partido da esquerda, o PSTU. Nós valorizamos a resolução unificada do PSOL e achamos que ela deve ser o eixo para reconstruir o partido, agregando combate ao PC do B, partido que junto aos ruralistas defende mudanças no código florestal em favor do agronegócio. Essa deve ser a política de todos os filiados, sejam antigos ou novos.

Para essa batalha é necessário que a direção do PSOL MA tenha compromisso com o programa partidário e garanta a mais ampla democracia interna, privilegiando as instâncias de base do partido e proporcionando à minoria o direito de defender suas posições.

Por fim, queremos dizer que a saída para a crise do PSOL/MA não se dará de forma burocrática. A necessidade do debate político urge. Qualquer recomposição na direção do PSOL deverá ser fruto desse novo momento que vive o partido, onde todos devemos conhecer o que pensam e propõem todas as correntes, grupo ou personalidades. Para tanto, é imprescindível a realização de plenárias municipais para o adiantamento do Congresso Estadual. Com isso poderemos realizar um amplo debate na base do partido, definindo uma plataforma política e a eleição de uma nova direção. Até lá, entendemos, que nenhum grupo, tendência ou dirigente está qualificado para se auto-intitular como nova direção ou novo presidente.

Propomos aos militantes PSOL que concordem com essas propostas a construção de um pólo classista e de combate no PSOL MA.


Corrente Socialista dos Trabalhadores
São Luis, 09 de abril de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

"Fragmentos de cada um de nós" Foi bom demais!!!
















Egressos do Curso de Fotografia Básica para Câmeras Digitais, do Centro de Formação Profissional de Imperatriz, realizaram de 16 a 28 de Fevereiro a I Mostra Fotográfica, intitulada “Fragmentos de cada um de nós”. Os alunos constituíram pós-curso o coletivo fotográfico Retrarte, tendo como objetivo inicial expor o que aprenderam durante o curso através dessa mostra, além de manter encontros periodicos para troca de experiências e discutir a importância da fotografia na sociedade.
Sob a curadoria da instrutora do Curso Vanusa Babaçu, pedagoga e fotógrafa, o evento foi organizado pelo coletivo Retrarte, no qual 02 (duas) fotografias de cada participante compuseram a exposição. “Confesso que eu não sei o que é melhor? Ver sua foto ali exposta, enorme, em cima de um cavalete para todos os olhares da sua cidade. Ou as pessoas que nem sabiam que você existe na vida, ali olhando sua fotografia”, relatou emocionada Cibely Carvalho.
Durante os dias de exposição, centenas de pessoas visitaram as dependências do CFP de Imperatriz para apreciar os trabalhos ali expostos. Devido ao sucesso, o coletivo fotográfico Retrarte recebeu vários convites para expor seus trabalhos em outras instituições da cidade, dentre elas: Associação Médica de Imperatriz, Padrão Popular Shopping, Universidades de Imperatriz, Boteco do Frei e outras.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Mostra fotográfica - "Fragmentos de cada um de nós"

Os alunos egressos do I Curso de Fotografia Básica para Câmeras Digitais realizado pelo SENAC do Centro de Formação Profissional de Imperatriz-MA. Ministrado pela Pedagoga e Fotógrafa Social Vanusa Babaçu, Unem-se em um coletivo com titulo provisório de RETRARTE, Com o objetivo de compartilhar os diferentes modos de ver. Através de um laço comum: a fotografia.
Organizando a I Mostra Fotográfica: “Fragmentos de cada um de nós” a realizar-se no decorrer dos dias 16 a 28 de Fevereiro no SENAC Centro de formação Profissional de Imperatriz. As imagens que serão expostas na mostra foram retratadas durante ou pós-curso. De maneira geral, desejamos apresentar trabalhos iniciais e ainda amadores, mas que se unificam no campo da arte visual. Sob curadoria de Vanusa Babaçu.

Curadora da Exposição

Vanusa Babaçu

Coletivo RETRARTE